Márcio Martins é "novo" reforço do V. Guimarães

Márcio Martins vai ser inscrito pelo V. Guimarães para a temporada 2008/2009, conseguiu apurar, esta tarde, o Maisfutebol. O defesa-central chegou à cidade-berço proveniente do Juventude de Santa Catarina (Brasil), durante a época passada, e teve dificuldade em afirmar-se na equipa de Manuel Cajuda.

O brasileiro foi poucas vezes utilizado pelo técnico vimaranense e esteve na iminência de ser emprestado por diversas ocasiões durante o último defeso. O que nunca veio a suceder, apesar de não ter participado no estágio que o plantel realizou na Suíça.

Treinou bastante tempo sozinho, até ter sido, esta sexta-feira, reintegrado no grupo de trabalho. O treinador Manuel Cajuda conversou demoradamente com o jogador durante o treino e comunicou-lhe a boa nova: conta com ele e será inscrito para a nova época na formação vitoriana, que passará a ter cinco "centrais".

Márcio Martins tem vínculo contractual com o V. Guimarães até 2010, e espera que esta seja a "sua" temporada.


Por Carlos Manuel Freitas , jornalista "Mais Futebol"

Roberto marcou, o árbitro invalidou e o V. Guimarães não passou

O V. Guimarães perdeu, na passada 4ª Feira, com o Basileia por 2-1, e falhou o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Depois de um 0-0 na cidade-berço, os vimaranenses tinham que vencer, ou pelo menos empatar com golos, para seguir em frente na prova milionária.

Pode haver multiplas razões para o Vitória ter perdido, mas sem dúvida a mais importante foi a anulação de um golo limpo a três minutos do fim, que daria o empate a duas bolas e o consequente apuramento da equipa portuguesa.

É certo que durante toda a partida, os comandados de Manuel Cajuda estiveram apáticos e inofensivos, mas também é verdade que na parte final fizeram jus ao cogenome de D. Afonso Henriques, mas não conquistaram nada porque "alguém" não deixou.


Crónica do Jogo:

O V, Guimarães entrou mal na partida, talvez devido ao ambiente e ao facto de ter que marcar (pelo menos) um golo para se apurar.

Nos primeiros dez minutos, o guarda-redes Nilson cometeu três erros, que poderiam ter dado golo se não fosse a atenção dos defesas.

Mas no minuto seguinte, ou seja aos 11, a tal atenção acabou. Num livre directo, a maior parte dos jogadores do Basileia foram até à grande área vimaranense, e quando a bola lá chegou a defesa subiu para pôr os suiços em fora-de-jogo, mas Flávio Meires ficou a "ver a banda passar" e colocou em jogo Stocker, que completamente isolado não teve dificuldades em atirar para o fundo da baliza. 1-0 e a festa nas bancadas do St. James Park.

O V. Guimarães acusou o golo e durante 4 minutos a atrapalhação dos minhotos era evidente. Mas, aos 15 minutos a história (e a eliminatória) voltou a mudar. Num contra-ataque vimaranense, um homem do Basileia travou Fajardo em falta dentro da grande área. O árbitro não teve dúvidas e assinalou a correspondente grande penalidade, que o mesmo Fajardo transformou com êxito, fazendo o empate. 1-1 e os adeptos suiços transformaram a festa em silêncio.

A partir dos 20 minutos, a partida caiu numa toada morna, pois a equipa suiça não conseguia criar perigo, e os homens de Manuel Cajuda limitavam-se a controlar o jogo. E tudo ficou na mesma até ao intervalo.

O descanso parece ter feito mal ao Vitória que voltou a entrar apático. O Basileia apercebeu-se desse facto e começou a acercar-se da baliza de Nilson. Até que aos 54 minutos, o mesmo Stocker viu uma brecha na defesa vimaranense e fez um passe para Derdiyok, que atirou a contar. 2-1 e a festa regressava às bancadas do estádio, onde Portugal perdeu dois jogos no Euro'2008.

Manuel Cajuda fez então como Quinito, isto é, pôs "toda a carne no assador", mas a equipa não conseguia responder ao golo suiço e continuava inofensiva.

Só que aos 80 minutos, algo se passou na cabeça dos vitorianos que, estando a perder, começaram a jogar bem e a dar um recitar de bom futebol ao Basileia. Previa-se que o Vitória iria marcar antes do minuto 90, e fez isso mesmo, mas o árbitro auxiliar decidiu que seriam os suiços a passarem à fase de grupos e chamou o juiz principal para lhe dizer que o golo limpo de Roberto teria que ser invalidado porque o avançado brasileiro estava em fora-de-jogo.

Assim sendo, a equipa vitoriana irá jogar a Taça UEFA, enquanto os suiços jogarão, mais uma vez, um grupo na Liga dos Campeões.


Ficha do jogo:

Árbitro: Pieter Vink (Holanda)

Basileia: Costanzo; Zanni, Abraham, Marque e Safari; Carlitos, Ergic (Ferati, 88m), Huggel, Gelabert (Chipperfield, 64m) e Stocker; Derdiyok.

Suplentes não utilizados: Leutwiler, Hodel, Perovic, Kostner e Mustafi.

V. Guimarães: Nilson; Andrezinho, Moreno, Gregory e Luciano Amaral; Flávio Meireles e João Alves (Jean Coral, 62m); Marquinho (Luís Filipe, 54m), Desmarets e Fajardo (Roberto, 69m); Douglas.

Suplentes não utilizados: Serginho, Wénio, Danilo e Momha.

Golos: Stocker (11m), Fajardo (14m, g.p.) e Derdiyok (53m)

Cartões amarelos: Flávio Meireles (26m), João Alves (41m), Huggel (43m), Douglas (46m), Safari (49m) e Moreno (73m).

Vitórias começam Liga Sagres com um empate

O palco do Dom Afonso Henriques recebeu a premiére da Liga Sagres e as críticas só podem ser positivas. Em duelo de Vitórias, os pontos foram divididos e penalizaram o afrouxamento dos de Guimarães na etapa complementar, que até fizeram uma primeira parte de muito bom nível.

Não seria este o resultado que Manuel Cajuda desejaria antes da decisiva deslocação a Basileia (Suiça), mas o técnico poderá ter retirado algumas ilações preciosas tendo em vista os próximos encontros. Nesta altura, parece faltar ao V. Guimarães alguém realmente desequilibrador nas alas. Esse homem poderá ser, por exemplo, Desmarets, que esta noite esteve sempre muito afunilado no corredor central.

Fajardo, apesar da boa actuação, também não tem características para jogar encostado à linha e Marquinho ainda aparenta uma "verdura" que o intimida nos momentos mais quentes da partida.

Do V. Setúbal, sublinhe-se a segunda parte muito bem conseguida. Faquirá falhou no emparelhamento Leandro Lima/Mateus, reconheceu-o aos 34 minutos e foi premiado com o golo de Elias, já perto do fim.


Crónica do Jogo:

De espada em riste, viseira posta e escudo firme, a "infantaria" de Cajuda cedo se lançou sobre as linhas adversárias, numa ofensiva demolidora. O V. Setúbal acusou o intenso ritmo dos minhotos e limitou-se a proteger a sua área durante boa parte do primeiro tempo.

Daúto Faquirá apostou num meio-campo de duas linhas: uma linha de três homens na intermediária (Elias, Sandro e Ricardo Chaves) e outra (composta apenas por Laionel)na aproximação aos atacantes. Foi aqui que residiu o principal problema dos sadinos, pois Mateus e Leandro Lima não tiveram nem bola, nem espaço e o primeiro até foi mesmo substituído precocemente.

Em cima do tempo de descanso, o V. Guimarães suspirou de alívio, quando Andrezinho surgiu solto na direita, cruzou para Douglas, e este, ao segundo poste, cabeceia para o fundo das redes de Bruno Vale.

A perder, o V. Setúbal partiu para uns bons segundos 45 minutos. A dupla Bruno Gama/Laionel entendeu-se muito bem, confundiu várias vezes os "duros" centrais minhotos e percebeu-se que o resultado poderia não estar feito.

Não estava, de facto. Com o V. Guimarães aparentemente já mais preocupado e impaciente com a partida da próxima quarta-feira, o Setúbal chegaria ao empate num golo de Elias, após um bom lance de Bruno Gama na esquerda.

Emoção até ao fim e, para não variar, alguma polémica: Aos quatro minutos, parece ter ficado por marcar uma grande penalidade contra o V. Setúbal, por mão de um defesa sadino, após cabeceamento de Marquinho e, aos 38 minutos, Bruno Vale viu o amarelo por ter agarrado a bola fora da grande-área, onde se justificava o cartão vermelho.


Por Pedro Jorge da Cunha, jornalista "Mais Futebol"

Foto: Estela Silva, fotojornalista "EPA"

Lionn regressa aos treinos mas ainda de forma condicionada

Lionn treinou pela primeira vez com o plantel do V. Guimarães, após a operação ao menisco a que foi sujeito no final de Maio. O defesa-direito contratado ao Torrense surgiu, este sábado, reintegrado no grupo de trabalho, mas ainda de forma condicionada.

Lionn está perto da inclusão total no grupo, se as coisas correrem bem com a sua passagem para o treino mais intenso. O júnior Rafael também voltou a participar no preparo.

A sessão de trabalho começou debaixo de um autêntico dilúvio e sem qualquer adepto nas bancadas, mas acabou com sol e com vários associados a seguirem as incidências do treino.

No relvado, foi pedido aos jogadores velocidade de execução no passe e circulação de bola. "Não é para fazer a 100, 120 ou 150, é para jogar a 200 à hora. O segredo do sucesso não é samba, é trabalho", revelou o treinador, Manuel Cajuda, aos seus pupilos.


Por Carlos Manuel Freitas, jornalista "Mais Futebol"

Foto: Estela Silva, fotojornalista "Lusa"